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Nunca conheci quem tivesse levado porrada. Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
Não me consigo lembrar de quantos anos tinha quando o li pela primeira vez. Lembro-me que chorei quando morreu o português, que não sabia o que era uma laranja lima, e que tanto a mãe do Zezé , como a irmã mais velha, me pareciam ser pessoas muito más. Reli-o. A mãe do Zezé afinal é apenas uma mulher com aquele cansaço baço da vida a vergar-lhe os ombros. As privações envelhecem, enraivecem, tiram o viço, a vontade de tudo. Os dias contam-se, não se planeiam, que os planos e os sonhos são luxos de quem tem futuro. Engraçado como o que lemos também cresce connosco. Emocionei-me de novo, que a escrita do José Mauro de Vasconcelos tem destas coisas. E hoje, que já sei o que é uma laranja lima, que sei o que são maus bocados, tive vontade de dizer ao Zezé: Dá lá uma folguinha à tua mãe, que ela precisa.
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