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Nunca conheci quem tivesse levado porrada. Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
No outro dia, uma pessoa disse-me, logo de manhã, enquanto bebo café vou sempre ao teu perfil ver se escreveste alguma coisa. Já é um hábito, disse-me. Estranhei. É sempre bom saber que há pelo menos uma pessoa que nos lê. Aliás, e não me lixem, é por isso que publicamos coisas por aqui: para nos lerem. Quem disser o contrário ou não percebeu a ideia disto ou está armado em indiferente. Ah, e tal eu sou muito superior, muito desprendido das tentações do ego, não quero saber dos feeds para nada, nem quem me leu ou deixa de ler. Tretas. Não foi o facto da pessoa ter dito que me lia que eu estranhei, isso deu-me gosto, fico feliz por isso, mesmo muito. Foi o facto de eu ser um hábito. Um hábito na vida de uma pessoa que mal conheço. Fazer parte da rotina de alguém que me limito a cumprimentar quando a encontro, olá, estás boa? Sim, tudo bem e a conversa fica por aí. Nem sei bem o que essa pessoa faz, como é a vida dela. E no entanto, eu estou com ela todos dias, enquanto bebe café. Estou com ela sem que ela esteja comigo. É estranho. Mas não lhe disse. Agradeci e perguntei, e estás boa? Ela respondeu que sim, está tudo bem e cada uma foi à sua vida.
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