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Nunca conheci quem tivesse levado porrada. Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
Hoje, diz que é o dia mundial da saúde mental. Há dias mundiais para tudo, é verdade, mas este até vem a jeito.
Falar de saúde mental ainda é um acto de coragem, daquela que rompe preconceitos. Afinal, quando não é vergonha, a doença mental é sinal de fraqueza. Por exemplo, toda a gente sabe que a depressão só chega a quem tem tempo e desocupação suficiente para isso. A quem não tem força de vontade para se levantar da cama, para se “animar”, para ganhar genica e fazer-se à vida. É coisa de gente fraca que “se deixa vencer pela vida”. É para quem pode, porque os pobres não se podem dar ao luxo de ser deprimidos.
A doença mental ainda é um estigma. Uma vergonha.
Mas não devia ser.
A doença mental é apenas o que o nome diz: uma doença. Não se pega. Mas pode matar: de solidão.
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